Estudo da FGV aponta para
elevação de medidas antidumping
Nos últimos dois anos, entre 2012 e 2013, foram iniciadas
mais de 60 investigações antidumping pelo Departamento de Defesa Comercial
(Decom) do Ministério do Desenvolvimento, praticamente o dobro da média entre
2010 e 2011. O maior alvo de investigações antidumping iniciadas em 2013 foi a
China, em 16,24% dos casos, seguida de Estados Unidos, com 12% dos casos.
Os dados fazem parte de estudo do grupo de economia e
infraestrutura e soluções ambientais da Fundação Getúlio Vargas. Para Gesner de
Oliveira, sócio da GO Associados e um dos autores do estudo, a maior frequência
das medidas se deve, em parte, a uma tentativa de atenuar os números negativos
das contas externas e a piora da balança comercial. Oliveira, no entanto,
considera o avanço no uso do antidumping positivo. “É positivo que o país
esteja mais equipado na defesa comercial. Não se trata de protecionismo.” Além das
medidas antidumping, Gesner destaca também a aplicação de medidas defensivas
como a elevação de alíquotas de importação para determinados bens.
Dados elaborados pela GO Associados a partir de dados da
Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o saldo da balança
comercial da indústria de transformação deteriorou-se em ritmo mais forte a
partir de 2012, quando o déficit atingiu US $15 bilhões. No ano passado,
segundo a consultoria, o saldo negativo saltou para US$ 27,5 bilhões. A
estimativa da Go Associados de déficit da indústria de transformação para este
ano é de US$ 29,3 bilhões.
Fonte: Valor Pro - Marta Watanabe
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